Cristiane Perini Lucchesi, de São Paulo (Valor)
Depois de cortes de pessoal por causa da crise, a maioria já volta a contratar.

Os bancos de investimento passaram dos prejuízos e escassez de negócios no primeiro semestre

para a euforia e os lucros no segundo. O ano de 2009 será lembrado por seu “transtorno bipolar”, como definiu o presidente de uma instituição. Depois de cortes de pessoal por causa da crise, a maioria já volta a contratar. O forte fluxo de investimento externo ao Brasil, as perspectivas de crescimento econômico e a retomada vigorosa das bolsas e das emissões de ações estimulam os bancos a voltar a crescer.

Só a emissão inicial de ações do Santander Brasil, que pode chegar a R$ 15,6 bilhões e ser a maior do mundo neste ano, deve trazer uma receita de R$ 400 milhões para os quatro bancos líderes. Essa receita vai se somar aos R$ 315 milhões obtidos com a venda inicial de ações de R$ 8,39 bilhões da Visanet.

Há mais dinheiro a caminho com a retomada das fusões e aquisições e a emissão de eurobônus, que despencaram na primeira metade do ano. As grandes provisões para perdas com créditos de liquidação duvidosa, por conta de atrasos nos pagamentos de clientes em transações de derivativos de câmbio alavancados, poderão agora ser revertidas.