Valor Econômico, Marta Watanabe e Sergio Lamucci, de São Paulo

A tendência é estimulada pelo mercado interno aquecido, pelo câmbio e pela queda de preços

As importações de bens intermediários e de consumo, principalmente não duráveis, mantiveram forte ritmo de crescimento no primeiro trimestre. A tendência é estimulada pelo mercado interno aquecido, pelo câmbio e pela queda de preços. As matérias-primas e os bens intermediários já representam 48% do valor das importações totais do país. O volume de intermediários importados cresceu 39,2% no primeiro bimestre, em comparação com o mesmo período de 2009, e o de bens de consumo não duráveis praticamente dobrou na mesma comparação.

Apesar do crescimento das importações, o forte reajuste nos preços do minério de ferro já faz bancos e consultorias revisarem para cima suas estimativas para o saldo comercial. O Bradesco, por exemplo, que previa superávit de US$ 5,5 bilhões no ano, passou a estimar US$ 18,4 bilhões.