Alemanha e China ampliam gasto no País Fernanda BompanDaniel Popov (DCI) São Paulo
De olho no potencial de crescimento de praticamente todos os setores da economia brasileira, Alemanha e China vêm ao País para aumentar seus investimentos no mercado considerado mais promissor do mundo.
A partir de hoje até a próxima semana, empresários brasileiros e alemães se reúnem no 1º Laboratório de Aprendizagem em Inovação Brasil-Alemanha 2011. O objetivo do evento é tentar identificar e desenvolver parcerias e negócios bilaterais entre os países e áreas estratégicas como petróleo e gás, próteses ortopédicas, tecnologias para grandes eventos, como a Copa do Mundo e Olimpíadas a serem realizadas no País, além de energias limpas.
Outro objetivo é tornar o Brasil um dos maiores parceiros comerciais da Alemanha. Enquanto o país europeu é o quinto maior parceiro brasileiro, o Brasil não está entre os 10 maiores parceiros dos alemães.
A China deve financiar mais de R$ 7 bilhões para as ampliações das áreas de soja no Estado de Goiás nos próximos sete anos. Com planos de importar diretamente 6 milhões de toneladas do grão por ano do estado, quatro empresas chinesas, estatais e de capital misto, irão enviar uma comitiva de técnicos e especialistas no começo do próximo mês para avaliar o projeto que dobrará a produção goiana de soja até 2018. A ideia dos chineses é minimizar percalços no trajeto da soja até o seu país, excluindo as intermediárias multinacionais do setor.
Toda esta atração de estrangeiros fez o fluxo de dólares para o Brasil disparar este ano. Segundo dados do Banco Central, até o dia 18 de março, a entrada líquida de recursos estrangeiros no País soma US$ 34,6 bilhões, contra US$ 24,3 bilhões do total do ano passado. Em março apenas, o fluxo acumulado é de US$ 11,7 bilhões.