O risco de turbulências sociais aumentou em 57 de 106 países do Social Unrest Index, alimentado pela “armadilha da austeridade” e pelo desemprego, alerta a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em relatório divulgado hoje, véspera do Dia do Trabalho.
Por concorrência bancária, BC acirra disputa com Cade
Ao baixar uma circular para dizer que vai analisar a concorrência entre os bancos nos casos de fusões e aquisições no setor financeiro, o Banco Central deu mais um passo na disputa com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre quem deve julgar essas operações.
Saídas são demanda interna e investimento
Pergunta: A desindustrialização é inevitável frente às escolhas feitas pelo Brasil na condução da economia? (Valor)
A indústria global tem sofrido um profundo processo de mudança nas últimas décadas. Uma primeira tendência diz respeito ao intenso deslocamento da atividade industrial para alguns países em desenvolvimento, com destaque para o Leste asiático e a consolidação da China, como grande centro mundial produtor de manufaturas. A título de ilustração, os países em desenvolvimento (PED) já representam mais de um terço de toda a produção manufatureira mundial. A China sozinha responde por metade de toda a produção manufatureira realizada nos PED e, em termos globais, só é menor que a indústria manufatureira norte-americana. A maior participação dos PED na manufatura mundial não é um processo generalizado. Ao contrário, apenas 15 países concentram mais de 80% de toda produção manufatureira.
A armadilha brasileira
Baseado na expansão do consumo, o modelo de desenvolvimento adotado pelo Brasil condena a indústria a um papel menor. Esse modelo contribui para valorizar o real frente a outras moedas, prejudicando a competitividade industrial. A apreciação do real também é resultado da forma como o país se inseriu na economia mundial na última década, ao transformar-se em competidor imbatível no setor de commodities, principalmente, agrícolas e minerais.
O que está por trás do crescimento lento do Brasil?
Por MARY ANASTSIA O’GRADY (WSJ)
Junto com a Rússia, a Índia e a China, o Brasil deveria ser um dos tigres econômicos do século 21. Então como é que cresceu meros 2,7% ano passado?
A presidente Dilma Rousseff gostaria que você acreditasse que isso é por causa da política de juros baixos do Federal Reserve, o banco central americano, que está diminuindo a competitividade do país e “prejudicando o crescimento”. Ela chegou a afirmar isso numa visita a Washington semana passada e numa viagem no fim de semana à Cúpula das Américas, em Cartagena, Colômbia.
Café brasileiro ganha respeito
Por KATY MCLAUGHLIN (WSJ)
James Freeman, proprietário de uma torrefação e da rede de cafés Blue Bottle Coffee Company, com sede em Oakland, na Califórnia, acaba de voltar de uma temporada de compras de café no Brasil. Ele visitou uma fazenda de café de propriedade familiar e comprou grãos que chama de “aveludados”, “lindos” e “voluptuosos”. Freeman começará em breve a vender o café por cerca de US$ 20 a libra (equivalente a US$ 44 o quilo) — o mesmo preço de seus melhores grãos da Etiópia.
Local de trabalho fica cada vez menos pessoal
Por RACHEL EMMA SILVERMAN e ROBIN SIDEL (WSJ)
Funcionários de escritório, esvaziem as suas mesas. O chefe pode estar vindo tomá-la.
À medida que empresas procuram cortar custos e acomodar uma força de trabalho cada vez maior, alguns empregados estão tendo que dar adeus às suas áreas de trabalho pessoais.
Espaços de escritórios sem dono fixo, às vezes chamados de “endereços vagos” ou “escritórios sem território”, há muito são uma realidade para consultores ou funcionários que trabalham na maior parte do tempo em casa ou na rua.
Desindustrialização?
A participação da indústria de transformação no Produto Interno Bruto (PIB) tem declinado nos últimos anos, atingindo 15% em 2011. Esse fato tem levado vários analistas a afirmar que está em curso um processo de desindustrialização no país. O governo, hiperativo, tem tomado várias medidas para salvar a indústria, como desonerações fiscais e aumento de impostos dos produtos importados. Mas, será que a desindustrialização existe mesmo? Em caso positivo, será que as medidas recentes do governo podem realmente salvar a indústria brasileira?
Países árabes gastam seus petrodólares em casa
Por ASA FITCH e LIAM PLEVEN
O preço do petróleo nas alturas está inundando os países árabes de dinheiro. Mas, enquanto antes o grosso dessa riqueza seria injetado nos mercados financeiros mundiais, agora boa parte dela está sendo gasta em casa.
Investidores japoneses trocam real por outras moedas
Por ERIN MCCARTHY
Parece que os investidores individuais do Japão finalmente encontraram o substituto do Brasil.
A base de pequenos investidores do Japão, uma fonte importante de investimento em mercados emergentes, é conhecida há muito tempo por suas apostas consideráveis no real brasileiro. Esses investimentos geralmente são realizados por meio dos chamados “toshins”, fundos mútuos denominados em moeda estrangeira que aplicam em ativos de alto rendimento, como ações e títulos de dívida.
Incentivos do governo à indústria não são suficientes, dizem críticos
PORTUGUESE – Updated April 4, 2012, 2:44 p.m. ET
Por PAULO WINTERSTEIN , de São Paulo (WSJ)
Mas rapidamente surgiram críticas de que as medidas são apenas remendos temporários que não atacam problemas estruturais mais profundos.
Inflação baixa gera cadeia de otimismo no Brasil
Da Redação do Wall Street Journal
Uma inflação fraca em março, divulgada na manhã de quinta-feira, causou reações positivas e comentários otimistas no governo e no mercado brasileiros, com expectativa de queda de juros, maior crescimento econômico e alta do real.
O ministro Guido Mantega disse quinta-feira que a inflação fraca de março é “muito boa” e deu sinais de que o governo continuará a estimular crescimento.
Você já errou hoje?
Serviço| 13 de abril de 2012 | 7h 10
Você já errou hoje? Saiba por que a falha é muito importante para vencer como empreendedor
Abrir um negócio próprio envolve riscos e por isso quase metade das empresas ainda fecha prematuramente.
Não são poucos os casos de empresários que fracassam. De acordo com Marcelo Aidar, coordenador-adjunto do centro de empreendedorismo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a mortalidade das empresas caiu. Mas ainda assim, quase metade dos negócios fecham as portas até o quinto ano de funcionamento. “A atividade empreendedora é de natureza arriscada”, confirma.
(In) solúvel: de como se mata a exportação
Das exportações de nossos produtos industrializados talvez nenhum tenha a gloriosa história do café solúvel. Sua vantagem comparativa foi construída na dura disputa de uma década com a administração dos EUA, que queriam que impuséssemos um imposto de “exportação” para proteger seus produtores.
Uma bolha pode estar em formação
Juntamente com a Rússia, a Índia e a China, aponta-se o Brasil como um tigre econômico do século XXI. Então, como se explica que tenha crescido míseros 2,7% no ano passado?
Segundo a presidente Dilma Rousseff, é a política de juros baixos do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) que está tornando seu país não competitivo e, portanto, “prejudicando o crescimento”. Ela disse isso em uma visita a Washington na semana passada.
Participação da indústria no PIB recua aos anos JK
Fatia caiu para 14,6%, pouco acima do nível observado em 1956, primeiro ano do governo Juscelino Kubitschek
Ministério aponta “desintegração de elos da cadeia industrial” e diz que câmbio mina medidas de apoio
AGNALDO BRITO
DE SÃO PAULO
A participação da indústria no PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro recuou aos níveis de 1956, ano em que o presidente Juscelino Kubitschek (1902-1976) deu impulso à industrialização do país ao lançar seu Plano de Metas, que prometia fazer o Brasil avançar “50 anos em 5”.
Seis produtos são responsáveis por metade das exportações brasileiras
Minério de ferro, petróleo bruto, complexo de soja, carne, açúcar e café somaram 47% do valor exportado
11 de março de 2012 | 20h 59
Seis produtos são responsáveis por metade das exportações brasileiras
Minério de ferro, petróleo bruto, complexo de soja, carne, açúcar e café somaram 47% do valor exportado
11 de março de 2012 | 20h 59
Luiz Guilherme Gerbelli, de O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO – O Brasil vem aumentando cada vez mais nos últimos anos sua dependência da exportação de matérias-primas. No ano passado, apenas seis grupos de produtos – minério de ferro, petróleo bruto, complexo de soja e carne, açúcar e café – representaram 47,1% do valor exportado. Em 2006, essa participação era de 28,4%.