Um dos exemplos citados durante a discussão é o fato de que a burocracia excessiva gera às empresas custos que poderiam ser direcionados para outros investimentos. A pesquisa do Ibope mostra que, para 62% dos executivos entrevistados, se todas as rotinas burocráticas fossem eliminadas, as companhias lucrariam, no mínimo, 3% a mais.
Outra participante do seminário, a diretora da área tributária da consultoria PriceWaterhouseCoopers, Elidie Bifano, destacou a questão do tempo perdido. Segundo ela, um estudo da consultoria estima que as empresas brasileiras gastam, em média, 2600 horas por ano para lidar com as exigências burocráticas do governo, como impostos, requisições de documentos, dentre outras. Enquanto isso, em países como a Alemanha, a média é de 180 horas por ano.
O mesmo estudo, segundo ela, mostra ainda que os investidores internacionais começam a manifestar novas preocupações quando o assunto é o Brasil. Se décadas atrás os maiores temores eram, dentre outros, a inflação e os riscos de “calote”, atualmente, passaram a ser a legislação e o sistema judiciário do país, qualificado na pesquisa como “lento e pesado”.